AMOR FÊNIX AMOR
Numa
madrugada fria
bateu-me
à porta
um
sujeito franzino,
olhos
esbugalhados,
corpo
trêmulo,
faminto...
Apiedei-me
do flagelo esfarrapado
cuidei
dele com carinho,
aqueci
seu corpo gelado,
alimentei
seu apetite animal.
Cuidei
dele com carinho,
aconcheguei-o
junto à lareira,
juntos,
atravessamos a madrugada.
Ao
amanhecer, fiquei estupefata!
Sentado
à minha frente
um
lindo estranho olhava-me,
perguntei-lhe
sobre o estranho
a
quem havia acolhido,
com
voz suave e olhar fraterno,
respondeu-me,
sereno:
Eu
sou aquele por ti acolhido,
morto
eu estava,
zumbi
vagueante!
Acolheu-me
sem perguntas.
Fênix
que sou,
outra
vez vivendo estou,
eu
sou o Amor, por muitos esquecido,
por
outros, sufocado
por
ti ressuscitado!
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