FENIX POEMA

Senhor, o que queres de mim? Traga-me um bálsamo para curar minha dor. Senhor, aceite este corpo sem medo de amar vem embriagar-se em meu seio e cheio de desejo vamos voar! Voar para onde, minha pomba? Parece-me ainda tão criança e, seria infame amar-te minha doce menina. Estás doente de amor não há outro bálsamo para sua dor que não seja, do meu corpo, o calor. Tua pureza alegra-me renova minha alma menina ainda que és... tua pele apessegada teu cheiro de manhã teu olhar brilho de sol... Senhor! Que queres, então? Pediste-me um bálsamo; o que posso eu trazer? Cara minha, ver-te já cura-me! Senhor, meu senhor, não afaste-se de mim! Não devo contagiar-te com minha doentia paixão tua imagem tão pueril necessita ser preservada. Posso ser o teu bálsamo! Dou-te metade de minha pureza e outra metade de minha vida. Assim, serás jovem outra vez! Não, doce menina! Não posso aceitar. Já vejo-me na lúgub

Nada pode ser nada E tudo ao mesmo tempo O vazio pode ser cheio A brisa pode ser vento O mar virar sertão O sertão virar mar Meu coração pode ser ingênuo a ponto de se apaixonar Minha vó virar mocinha e eu, ainda menininha, querer ser mulher amante pra te amar a todo instante.

 Eu, Maria, sempre acordava e dizia: ___ Bom dia! Mas, a humanidade não respondia. Então calei-me na noite escura Que se transformara meu dia. Nenhum sorriso? Nenhum abraço? Nenhuma flor? Deus! Por onde anda o amor? Aceitem de bom grado Meu bom dia Meu sorriso Meu abraço. Não mais me calarei, Pois omissão É um vírus purulento Que corrói o coração!            

Um abraço não cabe apenas num braço... há que se ter dois braços à espera de outros  para formar-se um laço, o abraço. e nesse laço encontram-se enlaçados carinho, respeito, amor, paixão; sente-se a respiração o bater do coração o calor do corpo amigo que, na solidão, faz-se abrigo.                                                                              Créditos/imagem