O TEMPO NÃO PERDOA, E...
Passa depressa e quando se percebe o
peso da idade e o cansaço da alma sobrecarregam o frágil corpo que pende sobre
as cansadas pernas.
O sonho de ter dezessete anos
novamente é uma quimera. Receber o carinho de um jovem?! Só se for de um neto. Ter que olhar um rosto
bonito e fingir que não sente vontade de acariciá-lo, não é tão terrível quanto
a vontade ser beijada pelo dono desse lindo rosto. A velha senhora pensa “Seria
pecado ter este desejo?” Seria. Se este fato ofendesse a alguém. Mas, a quem
uma senhora livre de qualquer compromisso ofenderia?
A sociedade hipócrita!
Muitos homens amam moças mais jovens
sem tanto escárnio.
Contudo, ela não desiste e continua
olhando com desejo os belos rapazes que encontra e, às vezes, consegue flertar
e sentir-se viva novamente, com uma chama ardente em seu peito. “Isso é viver!”
Grita ela feliz.
Não acredito que a velhice mata. O que
mata é a falta de aventura, amor, piscadelas, olhadinhas, suspiros...
Comentários
Postar um comentário