CONHECER É NECESSÁRIO

       Todo ser humano tem uma necessidade intrínseca do ser. Conhecer outro ser humano e trocar informações. É assim que se evolui...
         Hoje, na era das novas tecnologias, tudo é mais fácil. Mas havia um tempo no qual as pessoas se relacionam através de classificados de jornais. Esse tempo não vai muito longe, haja vista eu ter participado dessa forma tão rudimentar de comunicação.
       Lá se vão uns trinta e poucos anos... Eu morava numa cidadezinha do interior do Rio de Janeiro, meus pais tinham um armazém - "um secos e molhados" – como era chamado esse tipo de estabelecimento comercial, nele vendia-se de tudo. Inclusive serviço telefônico. Pasmem! Serviço telefônico sim.
       Naquela época não havia orelhões como nos dias atuais; celular era coisa de cinema. Para falar a verdade, acho que nem existia no Brasil – preciso verificar essa informação. Pois bem, à época, a companhia telefônica ainda era a nossa bela TELERJ, depois passou a ser a TELEMAR, e hoje, é a OI. Havia em nosso armazém uma cabine telefônica (detalhe: o telefone era com manivela!).  Tínhamos que girar a manivela até que a telefonista atendesse, então passávamos o número para ela que completavsse a ligação, então passámos o fome para o cliente e ele falava à vontade, não tão à vontade assim porque era caro o serviço. Quando a pessoa terminava de falar, tínhamos que entrar na cabine e girar a manivela novamente e pedir a tarifa (o custo da ligação), eu dava graças a Deus quando alguém pedia A COBRAR.  Essa era uma das formas de comunicação. Havia, também, a correspondência e nesse campo a LELEMAR também jogava, pois ela distribuía um jornaleco mensal, ou era bimestral? Não me lembro; mas isso não importa. Os leitores podiam expor em suas escassas páginas, seus nomes e endereços para correspondência; era então, a vez dos CORREIOS entrarem em campo. Conhecíamos pessoas assim! Hoje temos os sites de relacionamentos tão badaladinhos...
       Tudo mudou, ou quase tudo. Pois a necessidade de se comunicar, de conhecer, de trocar... das pessoas continua a mesma.     
Foto do jornal de circulação interna da TELERJ, 1982.
 

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