PÂNICO EM DÓ MAIOR!

 A cada batida de porta, meu coração dispara;
Trêmula, engulo a seco. A garganta dói...
A cada movimento brusco que se equaliza à minha frente,
Um raio de desespero e trovões de angústia
Tomam conta do meu ser.
O coração, cansado, já não cabe mais no peito;
Tento respirar, buscando o máximo de ar puro,
Pois o carbônico de ...
minh’alma me sufoca.
Respiro outra vez. Tão profundo que o diafragma esbarra
Não sei onde.
Só sei que o ar que vem ainda é pouco.
A cada palavra áspera que ouço
Sinto o descompasso cardíaco,
A falta de ar e confusão mental
Deixam-me atordoada. E, lá vai mais um sublingual!
Até quando, meu Deus?
Sinto saudade de quando tudo era paz, tranqüilidade...
E o medo? Era só de Bicho Papão e sapos. Bons e velhos tempos!
Olho para trás e, de tão longe, não consigo ver esses dias pueris
Onde o abraço da mamãe e o aconchego do papai
Faziam desaparecer todo medo.
Hoje os papéis se inverteram.
O medo tornou-se maior.
Como dar conta de tudo isso, se
Ninguém dá conta de mim?
Serei eu capaz de enfrentar a vida?
E, vivo os temores que ela me traz.
Vivo, enfim, tremendo... sem paz!

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