A FOME

Em minhas caminhadas diárias
pela cidade
vi uma criança chorando,
a mãe, tentando acalentá-la,
oferecia-lhe o peito.
A criança, contudo, continuava a chorar,
malgrado a oferta engabelante,
o recipiente estava vazio.
Cambaleantes, os dois seguiam
Trêmulos...
tremiam sim,
mas não era de frio
a criança chorava
o estômago vazio.
Não chorava de medo
nem de dor fisiologicamente natural,
sua dor, era fome.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

DICIONÁRIO CAMPISTÊS - De Campos dos Goytacazes

MESTRA DE MIM MESMA

SER POETA